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Relatório do PNUD aponta estagnação no desenvolvimento da América Latina e Caribe no pós-pandemia

Relatório do PNUD aponta estagnação no desenvolvimento da América Latina e Caribe no pós-pandemia

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Relatório do PNUD aponta estagnação no desenvolvimento da América Latina e Caribe no pós-pandemia

Foto: TÂNIA REGO/AGÊNCIA BRASIL via BBC

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) publicou o relatório "Sob Pressão: Recalibrando o futuro do Desenvolvimento na América Latina e Caribe", nesta quarta-feira (11), que revelou que a área tem caminhando nas últimas décadas, mas ainda não conseguiu recuperar o desenvolvimento do período anterior à pandemia. 

O levantamento revelou que os países diminuíram pela metade a taxa da pobreza, contudo, uma em cada quatro pessoas vivem em situação de pobreza. Esse fator se deve a não consolidação de uma classe média estável. 

"31% da população [na América Latina e Caribe] é categorizada como vulnerável, ficando imediatamente acima da linha de pobreza, com acesso limitado a ativos que possam servir de protetores quando crises surgem. Esse grupo permanece em risco de voltar à pobreza", afirma o relatório. 

O estudo ainda aponta quais são os três fatores que aumentam as crises e incertezas nos países da América Latina: 

  • A rápida transformação tecnológica que se expande de forma desigual;
  • O aumento da fragmentação social que gera desconfiança dos cidadãos às instituições e dificulta a resolução de desafios;
  • E mudanças climáticas intensas.

O PNUD recomenda que os governos e organizações instaurem mecanismo para a adaptação de crises e respostas rápidas às mudanças. 

“A América Latina e o Caribe têm demonstrado repetidamente sua capacidade de resistir à adversidade. As pressões que enfrentamos — sejam climáticas, econômicas ou sociais — podem se tornar o ponto de partida para um novo modelo de desenvolvimento. Investir em resiliência hoje significa proteger os ganhos de desenvolvimento e garantir dignidade e segurança para todas as pessoas, especialmente as mais vulneráveis”, esclareceu Michelle Muschett, Diretora Regional do PNUD para a América Latina e o Caribe.

Transformação digital

Países da América Latina e Caribe conseguiram aumentar de forma desequilibrada as infraestruturas digitais, ou seja, somente 2% da população que reside nessa região possui acesso a rede 5G, aponta o relatório. A pesquisa ainda faz alerta para a dissipação da desinformação pelas plataformas digitais e desconfiança e distorção de discursos públicos. 

"Os grupos sociais estão cada vez mais afastados e isso se combina com um aumento da polarização política, o que dificulta chegar a consensos para os governos conseguirem governar para todos", disse Almudena Fernandez, Economista-chefe para a América Latina e o Caribe do PNUD.

Mudanças climáticas

As mudanças climáticas são um fator importante devido as enxurradas e secas severas que estão mais frequentes, sobretudo os impactos sobre a sociedade ao longo dos próximos anos. A pesquisa realizou uma estimativa de que 31% da população dessas regiões corre risco de perigos climáticos extremos, como também a perda de renda de US$ 1,78 bi em 2022 devido ao aumento da temperatura média que reduziu a produtividade do trabalho. 

"Estudos realizados na última década indicam consistentemente que a maioria das pessoas dá prioridade ao crescimento econômico em detrimento da proteção ambiental", aponta o relatório. 


 

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