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Países da América Latina podem sofrer graves crises socioeconômicas causadas pelas mudanças climáticas

Eventos pode colocar em risco o saldo fiscal

Por Da Redação
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Países da América Latina podem sofrer graves crises socioeconômicas causadas pelas mudanças climáticas

Foto: Reprodução

As secas severas e eventos hidrometeorológicos, como chuvas intensas estão causando graves crises socioeconômicas aos países da América Latina e do Caribe. O aumento da frequência e da intensidade desses eventos climáticos pode colocar em risco o saldo fiscal – a diferença entre a arrecadação e os gastos públicos– dessas nações.

Segundo o chefe da divisão de mudanças climáticas do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Graham Watkins, com os países podem ter dificuldade para tomar novos empréstimos que ajudem a gerenciar as consequências de futuros desastres naturais.

“Estamos diante de uma situação bastante séria. Os dados indicam que o número de desastres naturais na região triplicou em comparação com 50 anos atrás e eles estão afetando a produção agrícola, o fornecimento de energia e a saúde humana. Estimamos que os custos desses desastres climáticos que têm ocorrido na região já estejam em torno de US$ 3 bilhões anuais”, disse Watkins.

De acordo com o economista, todos os países da região estão enfrentando o aumento na frequência e intensidade de eventos extremos e mudanças climáticas de início lento, como furacões que atingem a parte norte da América Latina e do Caribe.

Esses eventos têm influenciado os padrões de mobilidade humana e induzido o deslocamento populacional na região, apontou José Marengo, coordenador-geral do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). Cerca de 1 milhão de pessoas em toda a região têm migrado para as cidades em razão de eventos climáticos extremos e mudanças de início lento, apontaram os pesquisadores.

A mudança expressiva também gera conflito, já que segundo Waktins, esses migrantes climáticos têm procurado abrigo em regiões periféricas, que são mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas. Dessa forma, os riscos são exacerbados. “Precisamos ser capazes de quebrar esse ciclo vicioso”, 

Para isso, segundo ele, é preciso elevar os investimentos prévios em ações voltadas a aumentar a resiliência da população da região aos impactos das mudanças climáticas. Entre elas estão o desenvolvimento de sistemas de alerta precoce, planos de contingência e melhorar os sistemas de proteção social, apontou o economista.
 

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