Países retiram famílias de funcionários de suas embaixadas em Kiev, na Ucrânia
Há ameaça de uma operação militar russa no país

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Os governos dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Austrália começaram a retirar as famílias dos funcionários de suas embaixadas em Kiev, a capital da Ucrânia. A decisão foi estabelecida porque, neste momento, os países temem que a Rússia invada novamente a Ucrânia. Devido à tensão entre os dois países, a Otan anunciou que vai enviar mais tropas para o leste da Europa.
O governo russo já posicionou mais de 100 mil soldados na fronteira e tem feito exercícios militares com Belarus, outro país vizinho que fazia parte da União Soviética, mas nega que vá promover uma invasão à Ucrânia.
A embaixada dos EUA, por sua vez, afirma que "ação militar da Rússia pode acontecer a qualquer momento" e que autoridades "não estarão em condições de evacuar cidadãos americanos em tal contingência". "Portanto, os cidadãos dos EUA atualmente presentes na Ucrânia devem se planejar", diz trecho de uma nota.
A Embaixada britânica começou a retirada das famílias e disse que a medida inclui não só os dependentes, mas também funcionários não essenciais. Já o governo da Austrália passou a alertar seus cidadãos para não irem à Ucrânia e pediu aos australianos que deixem o país por meios comerciais.
Motivos russos
A Rússia quer não só que a Otan pare de ampliar a sua área de influência como deseja que a aliança político-militar recue e se afaste de países do leste europeu, como Belarus e a Ucrânia.
Por esse motivo, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou a região da Crimeia, em 2014, e agora deslocou o Exército para a fronteira com o país.