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Pandemia ameaça educação de milhões de crianças refugiadas, diz ACNUR

Situação pode interferir na Meta de Desenvolvimento Sustentável 4

Por Da Redação
Ás

Pandemia ameaça educação de milhões de crianças refugiadas, diz ACNUR

Foto: ACNUR/Mohammad Hossein Dehghanian

De acordo com o relatório “Unindo Forças pela Educação de Pessoas Refugiadas” feito pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), a pandemia provocada pela Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, ameaça a educação milhões de crianças e jovens refugiados que vivem em algumas das comunidades mais vulneráveis ??do mundo. O documento, que foi divulgado nesta quinta-feira (3), tem como base números brutos de matrículas do ciclo escolar de 2019.

O relatório aponta que, mesmo que a educação de crianças em todos os países tenha sido impactada pela pandemia, crianças refugiadas têm sido particularmente desfavorecidas porque antes da pandemia uma  criança refugiada tinha duas vezes mais chances de estar fora da escola do que uma criança não refugiada. Segundo o relatório, se medidas mais firmes não forem estabelecidas para contenção da Covid-19 o cenário pode piorar.

Ainda de acordo com o levantamento, muitas crianças podem não ter oportunidades de retomar os estudos devido ao fechamento de escolas, dificuldades para pagar mensalidades, uniformes ou livros, falta de acesso a tecnologias ou porque são obrigadas a trabalhar para sustentar suas famílias.

“Metade das crianças refugiadas do mundo já estava fora da escola. Depois de tudo o que passaram, não podemos roubar seu futuro negando-lhes educação. Apesar dos enormes desafios impostos pela pandemia, com maior apoio internacional aos refugiados e às comunidades que os acolhem, podemos criar formas inovadoras para proteger os avanços essenciais alcançados na educação de refugiados nos últimos anos”, disse Filippo Grandi, Alto Comissário da ONU para Refugiados.

A situação causada pela pandemia pode interferir na Meta de Desenvolvimento Sustentável 4, que visa garantir educação de qualidade inclusiva e equitativa para todas e todos. No epílogo do relatório, Mohamed Salah, Embaixador do ACNUR para o Programa Instant Network Schools feito em parceria com a Fundação Vodafone, afirmou: “Garantir uma educação de qualidade hoje significa menos pobreza e sofrimento amanhã. A menos que todos façam sua parte, gerações de crianças – milhões delas em algumas das regiões mais pobres do mundo – enfrentarão um futuro sombrio. Mas se trabalharmos como equipe, poderemos dar a elas a chance que merecem de ter um futuro digno. Não vamos perder esta oportunidade, disse”

Na escola primária (equivalente no Brasil ao ensino fundamental) a taxa de matrícula de crianças refugiadas é de 77%, apenas 31% dos jovens nesta população estão matriculados na escola secundária (equivalente ao ensino médio no Brasil). No ensino superior, apenas 3% dos jovens refugiados estão matriculados. Meninas refugiadas já têm menos acesso à educação do que os meninos e ainda têm metade da probabilidade de se matricular na escola quando chegam ao nível secundário, aponta o relatório.

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