A pandemia do novo coronavírus permanece em 2022 e, mesmo após quase três anos, continua alterando o mundo do trabalho. Apesar da esperança de muitos trabalhadores, o retorno às atividades presenciais em tempo integral parece muito pouco provável, à medida que a variante Ômicron se propaga e adia os planos de volta ao escritório.

E, considerando a forma como o mercado de trabalho atual foi modificado, as estruturas de trabalho pré-pandemia provavelmente ficarão no passado. O trabalho home office, por exemplo, vem se tornando o modelo preferido para muitos brasileiros. Dados de uma pesquisa feita pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) mostram que 73% das pessoas estão satisfeitas com o trabalho feito em casa. 

Esse número sobe para 78% quando se considera a intenção de manter a mesma rotina após a pandemia. Apesar do cenário incerto, o diretor de Pessoas e Cultura do Grupo Marista, Leandro Figueira Neto, afirma que empresas que não optarem por ser flexíveis no momento do retorno poderão perder talentos.

“As empresas precisam compreender que o colaborador não quer mais perder tempo no trânsito ou cumprir tarefas que ele pode fazer em casa no local de trabalho. Dessa forma, os horários mais flexíveis devem entrar na rotina, assim como o escritório ser usado como ambiente para reuniões estratégicas de equipe”, afirma Leandro.

Modelo de trabalho em 2022

Embora pareça que o retorno ao trabalho presencial voltará a ser adotado pela maioria das empresas, principalmente devido ao avanço da vacinação contra a Covid-19, pouco ainda se sabe sobre como se dará a evolução do ambiente de trabalho em 2022.  A escolha pelos modelos remoto, híbrido, ou presencial depende de diversos fatores, como o ramo da empresa e a necessidade de contato com o público.

Em meio às atuais circunstâncias em constante mudanças, é difícil indicar onde poderemos nos encontrar daqui a 12 meses. Especialistas, no entanto, identificaram algumas tendências que já estão moldando a forma como estaremos trabalhando neste ano. Leandro Figueira, que participa de fóruns de executivos de Recursos Humanos,  acredita que grande parte das empresas deve escolher o modelo híbrido de trabalho, que se dará com escalas de grupos de colaboradores entre o modelo presencial e remoto.