Parada LGBT+ começa em SP com discursos sobre envelhecimento e vaias a Trump
Evento reuniu milhares na Avenida Paulista neste domingo (22)

Foto: 29ª Parada do Orgulho LGBT+ | Paulo Pinto/Agência Brasil
"Viver e não ter a vergonha de ser drag queen", canta Silvetty Montilla, a apresentadora da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo. O gracejo marcou os discursos iniciais do maior evento LGBTQIA+ do calendário nacional, que começou neste domingo (22) sob o mote "Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro".
Professora Bebel (PT), deputada estadual, animou a plateia pedindo uma vaia para o presidente dos EUA, Donald Trump, que "começou a Terceira Guerra Mundial". A Casa Branca declarou guerra ao Irã na véspera.
A vereadora Amanda Paschoal (PSOL) destacou a importância do tema da parada deste ano. "Envelhecer nesse país é um desafio para todos, mas para a nossa população, que sofre desde a infância, envelhecer é ainda mais desafiador. Mas a gente vai batalhar para que cada um de nós possa ter uma velhice saudável e cheia de brilho."
Guilherme Cortez (PSOL), deputado estadual, subiu ao trio e pediu para que as pessoas batessem o leque para "afastar os homofóbicos, os preconceituosos, bolsonaristas e agressores". Como em outras edições da parada, o leque está em todos os lados.
A fundadora da ONG Crianças Trans Existem, Thamirys Nunes, também falou. Posicionou-se contra "essa direita que quer falar que os nossos filhos, filhas e filhos não existem".
Pela manhã, já era numeroso o público montado com muito glitter e leques coloridos, mais uma ou outra lingerie. Havia também muitas famílias com seus filhos.
O pastor Filipe Scarcella, 37, celebrava sua primeira Parada LGBT+ abraçado com o namorado, após tantos anos indo à Marcha para Jesus.