Parlamento chinês aprova lei de segurança em Hong Kong
EUA consideram acabar com status especial do território autônomo
O Parlamento da China, aprovou nesta quinta-feira (28) a lei sobre segurança nacional em Hong Kong. Os críticos afirmam que medida acabará com a autonomia da ex-colônia britânica, que foi cenário de grandes manifestações pró-democracia em 2019. Os quase 3 mil deputados do CNP (Congresso Nacional do Povo), entidade máxima do legislativo chinês.
A medida foi aprovada com 2.878 votos a favor, um voto contrário e seis abstenções. O resultado foi celebrado com aplausos pelos parlamentares, que são na maioria membros do PCC (Partido Comunista da China). A votação concedeu ao Comitê Permanente do CNP para redigir um projeto de lei a ser incorporado à miniconstituição de Hong Kong.
A medida também prevê a autorização para que os organismos vinculados ao governo chinês estabeleçam em Hong Kong escritórios com autoridade em termos de segurança nacional. Os opositores à influência do governo de Pequim afirmam que a medida abre o caminho para um retrocesso sem precedentes das liberdades nesta metrópole financeira de sete milhões de habitantes.
Estados Unidos
O ministério das Relações Exteriores da China em Hong Kong considerou "mais bárbara, mais irracional e de maior vergonha" a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de não mais considerar Hong Kong um território autônomo da China.
A decisão significa que os americanos podem retirar o status de comércio preferencial dado a Hong Kong em 1997, quando o território passou de controle do Reino Unido para a China com alguma autonomia política.