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Partidos de esquerda estudam punições a quem votou favoravelmente ao texto da Reforma da Previdência

Líder do PDT na Câmara, André Figueiredo, afirma que colegas de partido votaram contra o Brasil em uma reforma "maléfica"

Por Juliana Dias
Às

Partidos de esquerda estudam punições a quem votou favoravelmente ao texto da Reforma da Previdência

Foto: André Figueiredo / Agência Brasil

Governo e oposição concordam que até o final de semana devem ser votados os dois turnos da Reforma da Previdência no Plenário da Câmara dos Deputados. A previsão é de que depois da análise dos pedidos de modificação ao relatório de Samuel Moreira (PSDB), a votação do segundo turno fique para sexta e termine, no máximo, no sábado pela manhã.  

Por conta disso, os partidos já começam a discutir qual o futuro dos que traíram as siglas. A esquerda tinha anunciado que votaria unida contra o texto, o que não aconteceu, já que 19 deputados da oposição disseram sim à reforma. O PDT, por exemplo, que teve Ciro Gomes como candidato a presidente da República, analisará os casos de traição, explicou o líder do partido na Câmara André Figueiredo.

"Não deixou de decepcionar bastante a postura de alguns colegas, que inclusive chegaram pra mim pra dizer que votariam com o partido e votaram contra o Brasil. Temos aí 379 parlamentares que votaram uma reforma que é maléfica a grande maioria da população do Brasil que está no regime geral da Previdência. Não estou dizendo que não existem parlamentares que realmente sejam convictos de que essa reforma é boa dentro do ponto de vista deles, mas existem outros que foram influenciados pela liberação de emendas", registrou.

Segundo ele, os casos serão analisados pelo Conselho de Ética que indicará a punição. "Como foi um tema discutido exaustivamente em Convenção, passarão por um processo disciplinar que envolve penas que vão até a expulsão, mas não creio que chegue nessa situação", colocou.

Caso emblemático do PDT foi o da deputada Tabata Amaral, que foi às redes sociais para dizer que não se vendeu e que acredita que a reforma ajuda a combater desigualdades sociais. "Ser de esquerda não pode significar ser contra um projeto que pode tornar o Brasil mais inclusivo e desenvolvido. A reforma não pertence mais ao governo, sofreu diversas alterações dentro do Congresso", falou.

Também de um partido de esquerda, Rodrigo Coelho (PSB), garante que votou favoravelmente ao texto por convicção. O deputado é advogado previdenciário e criticou a proposta enviada pelo governo em fevereiro, em especial mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), aposentadoria rural e de professores e capitalização. Com a alteração destes pontos, inclusive com emendas sugeridas por Coelho, ele decidiu apoiar o texto. "A reforma apesar de não ser perfeita, avançou em vários pontos. É um voto de confiança ao Brasil, que vai colocar suas contas em ordem para voltar a crescer o mais breve possível", opinou.

Para Coelho, apenas a reforma da Previdência não resolve os problemas do país, que precisa de reformas Tributária, Política e do Pacto Federativo, além de um pacote de concessões e privatizações para a retomada do crescimento econômico e geração de emprego.

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