Paulo Guedes afirma que economia brasileira 'pode crescer' 3% em 2022

Previsão foi feita durante evento da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e Federação das Indústrias Rio de Janeiro

Por Da Redação
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Paulo Guedes afirma que economia brasileira 'pode crescer' 3% em 2022

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a economia brasileira pode crescer até 3% este ano. Declaração foi realizada durante evento da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN).

“Se não fizer nada daqui até o fim do ano, já cresceu 2,6% (Produto Interno Bruto, PIB). Pode chegar a 3%”, disse Guedes, após criticar estimativas de analistas financeiros, que, segundo ele, erraram previsões sobre o crescimento da economia brasileira.

O ministro diferenciou as previsões equivocadas entre erros “bem intencionados”, gerados por aspectos técnicos, e o que chamou de “narrativa política”. "Estamos promovendo uma mudança de estrutura na economia. Se você abre o jornal e a mídia, 80% são notícias ruins e 20% são boas. Mas se você olhar os fatos, 80% são bons e 20% são ruins. Existe essa dissonância cognitiva", afirmou Guedes.

No segundo trimestre, o PIB cresceu 1,2%, acima das expectativas do mercado. Analistas relacionam o crescimento com as medidas de estímulo adotadas pelo governo neste ano.

Segundo Guedes, o governo atual promoveu uma mudança em relação a gestões anteriores. Ele destacou os acordos de comércio exterior realizado pelo país no período.

"Foram 30 anos de imposto subindo, nós estamos cortando impostos. Foram 30 anos de economia fechado, estamos abrindo. É um governo diferente do anterior. No primeiro ano, fizemos reforma da Previdência. No segundo ano, erraram a previsão do PIB. Depois falaram que o Brasil iria ficar em depressão, eu disse que iria voltar em V e disseram que seria v de 'virtual', onde estão esses economistas agora?", disse o ministro.

Ainda na ocasião, Guedes atendeu a política fiscal do governo e as ocasiões em que a regra do teto de gastos, considerada a principal âncora fiscal brasileira, foi desrespeitada. "O fiscal está forte. Nunca esteve tão forte e veio para ficar", pontuou.

Teto de gastos

O ministro da economia criticou a forma como o teto de gastos, regra que é considerada a principal âncora fiscal da economia, foi modelado. O teto foi desrespeitado diversas vezes desde o início do governo Jair Bolsonaro.

"Esqueceram de fazer as paredes, que são as reformas, esqueceram de quebrar o piso. Está tudo indexado, vinculado, obrigatório. É fácil botar um teto e sair correndo", afirmou.

Guedes destacou que a alocação de recursos para governadores poderia promover um furo no teto, o que não, na sua visão, não seria correto. O ministro se referia à discussão sobre a cessão onerosa, em 2019.

Na época, o Congresso aprovou a PEC da cessão onerosa, que permitiu que o governo não contabilizasse no teto as transferências para estados e municípios relacionadas à repartição da cessão onerosa do pré-sal.

Relação entre poderes

Guedes também falou sobre a relação entre os Poderes, como o Congresso e Legislativo e destacou que podem existir excessos que descredenciam as entidades. "Cabe ao Legislativo ir lá e dizer: olha, baixa a bola. O Legislativo tem que tomar a iniciativa. Se não faz nada, Judiciário vai lá e manda prender. Tem ministro do Judiciário que também comete excessos, manda prender, investigar. Está descredenciado o Supremo". 

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