Vendas do comércio varejista na Bahia têm segunda queda consecutiva

Resultados registraram recuo de -3,1% em julho deste ano

Por Da Redação
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Vendas do comércio varejista na Bahia têm segunda queda consecutiva

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Em julho de 2022, as vendas do comércio varejista na Bahia caíram novamente, na comparação ao mês anterior (-3,1%), na série com ajuste sazonal. O recuo foi o segundo consecutivo no estado (de maio para junho a queda havia sido de -1,7%) e o mais intenso do país. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foram divulgados nesta quarta-feira (14).

Entre os meses de junho e julho, as vendas também caíram no Brasil como um todo, embora num ritmo bem menor (-0,8%), com resultados negativos em 20 dos 27 estados. Depois da Bahia, as maiores quedas vieram do Rio de Janeiro (-3,1%) e Maranhão (-2,8%). Já entre os estados com vendas em alta, os destaques foram para Mato Grosso (3,5%), Paraná (1,7%) e Amapá (1,5%).

Por causa do resultado negativo na passagem de junho para julho, o comércio varejista baiano entrou no segundo semestre de 2022 com um volume de vendas ainda 10,1% abaixo do patamar de fevereiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, em julho de 2022 o resultado das vendas do varejo na Bahia também seguiu negativo (-10,4%) pelo quarto mês consecutivo e representou a quinta queda mais intensa entre os estados.

No Brasil como um todo, também houve recuo (-5,2%), resultado negativo acompanhado por 20 das 27 unidades de Federação. Rondônia (-24,1%), Tocantins (-11,4%) e Acre (-11,3%) tiveram os piores desempenhos, enquanto as altas mais expressivas vieram de Roraima (10,1%), Alagoas (5,8%) e Ceará (2,5%).

Com a retração apresentada em julho, as vendas do varejo baiano acumulam queda de 5,0% de janeiro a julho de 2022, frente ao mesmo período do ano passado. O indicador acumulado no ano se manteve negativo pelo sétimo mês consecutivo e seguiu como a segunda retração mais profunda dentre os estados, superior apenas à registrada em Pernambuco (-5,3%).

Razões da queda de vendas no varejo baiano

Com recuos em 6 das 8 atividades pesquisadas, a queda do varejo na Bahia foi puxada por móveis e eletrodomésticos (-26,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-26,0%)

Em julho de 2022, a queda geral das vendas do comércio na Bahia (-10,4%), frente ao mesmo mês do ano passado, foi resultado de retrações em seis das oito atividades do varejo restrito – que exclui automóveis e material de construção.

A maior retração e o maior impacto negativo no resultado geral vieram, mais uma vez, dos móveis e eletrodomésticos (-26,2%). O segmento apresenta recuos mensais consecutivos há um ano, desde julho de 2021, sempre com as quedas mais intensas dentre as atividades e exercendo a principal influência negativa para o varejo baiano.

A segunda queda mais intensa e mais importante no resultado geral de julho foi a registrada entre os outros artigos de uso pessoal e doméstico (-26,0%). O segmento engloba as vendas do grandes varejistas e lojas de departamentos, inclusive on-line.

Por outro lado, as duas únicas atividades com vendas em alta, na Bahia, em julho, foram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,0%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (4,0%). Apesar terem tido variações idênticas, o segmento de artigos farmacêuticos exerceu a principal influência no sentido de evitar uma queda ainda maior no varejo no estado.

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