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"Pensamento não gera responsabilidade penal", afirma defesa de general que admitiu autoria de plano para matar autoridades

Advogado Marcus Vinicius Figueiredo sustenta que o general "não pensou" em assassinatos

Por Da Redação
Às

Atualizado
"Pensamento não gera responsabilidade penal", afirma defesa de general que admitiu autoria de plano para matar autoridades

Foto: Isac Nóbrega/PR

Após o general Mário Fernandes assumir ter digitalizado a autoria de plano para matar autoridades, a defesa do militar sustenta que ele "não pensou" em assassinatos e afirmou que "pensamento não gera responsabilidade penal".

General admite autoria de plano para matar Lula e Moraes: "Me arrependo de ter digitalizado isso"

O advogado Marcus Vinicius Figueiredo disse ao portal CNN que o general apenas admitiu que o documento encontrado no HD externo era dele.

"O general nunca disse que fez um plano para matar alguém. Ele apenas reconheceu que o documento encontrado no HD era dele. E sobre isso não é fato novo", argumentou.

"Vamos partir do pressuposto, em tese, de que o general tivesse pensado em matar alguém, mas ele não pensou: pensamento não gera responsabilidade penal", analisou.

Com isso, a defesa afirmou que a declaração do ex-número 2 da secretaria-Geral da Presidência do governo de Jair Bolsonaro (PL) não é um fato novo, como descreve a autoria.

"O general nunca disse que fez um plano para matar alguém. Ele apenas reconheceu que o documento encontrado no HD era dele. E sobre isso não é fato novo", apontou.

No documento encontrado, a Polícia Federal (PF) aponta que são citados "alvos possíveis". Conforme a investigação, Lula é tratado pelo codinome "Jeca" e Alckmin de "Joca". Também tem uma referência a um "Juca", mas a PF não apontou quem seria.

Plano "Punhal Verde e Amarelo"

Na última quinta-feira (24), Mario Fernandes admitiu a autoria do plano "Punhal Verde e Amarelo", que previa matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O militar afirmou que o documento era um "pensamento digitalizado" e disse ter se arrependido de idealizar o plano de assassinar as autoridades durante o interrogatório ao Supremo.

"Esse arquivo digital nada mais retrata do que um pensamento meu que foi digitalizado. Um compilado de dados, um pensamento, uma análise de riscos. Esse pensamento digitalizado não foi compartilhado com ninguém. Eu garanto, neste momento, que se o meu HD fosse extraído, em nada acrescentaria ao processo. Esse arquivo é absolutamente descontextualizado", afirmou.

Fernandes reconheceu ser o autor do documento, denominado inicialmente como "Fox_2017.docx" quando o material foi apreendido pela Polícia Federal (PF) com o militar, que já atuou como secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência.

Preso desde novembro de 2024, Mario também é réu na ação penal que investiga um suposto golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no cargo presidencial.

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