Pequenos e microempresários ainda sentem no bolso os impactos da pandemia, diz pesquisa
Setor considera que a economia brasileira piorou nos últimos seis meses

Foto: Agência Brasil
Um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), aponta que os pequenos e microempresários ainda sentem no bolso os impactos da pandemia do novo coronavírus. Embora o avanço da vacinação seja um ponto favorável para a economia, a pesquisa mostra que um a cada dois microempreendedores ainda considera que as condições gerais da economia brasileira pioraram nos últimos seis meses. O estudo ainda detectou que dois em cada três micro e pequenos empresários não realizaram melhorias nos negócios.
Kennedy Paiva é dono de uma distribuidora de produtos para Pet Shop, no Rio de Janeiro, e viu os negócios deslancharem no início da pandemia. Mas, nos últimos meses, a alta nos preços inibiu os consumidores. “A gente começou a ter falta de um insumo, aumentos excessivos, então há uma mudança de hábito. O consumidor que tinha um padrão voltou para outro menor”, disse à Jovem Pan.
A especialista em finanças Merula Borges acredita que, apesar do otimismo do empresário brasileiro, ainda existe muita cautela com os investimentos. “Em 2019 era 30% o número de empresários que ainda não tinham investido no negócio. Os que pretendiam investir para manter a empresa aberta era um número quase inexistente. Neste ano já são 25%”, disse.
A pesquisa avaliou a percepção dos empresários sobre o desempenho de vendas no último mês e descobriu que 41% consideram que foi bom ou ótimo, praticamente o mesmo percentual que em 2019. O cenário de avanço da vacinação e de reabertura das atividades comerciais trouxe mais otimismo aos empresários. Ainda segundo a pesquisa, metade deles está confiante no desempenho da economia brasileira nos próximos 6 meses.


