Peru isola praias após vazamento de petróleo atribuído a fortes ondas de tsunami
Empresa que causou vazamento pode receber uma multa de US$ 34,5 mi

Foto: Cris BOURONCLE / AFP
O Ministério do Meio Ambiente informou, na última segunda-feira (17), que o governo do Peru decidiu isolar três praias após um vazamento de petróleo atribuído às fortes ondas registradas após o tsunami em Tonga. "Há um dano grave à biodiversidade, que, inclusive, pode incidir na saúde humana, e ordenou-se que essa área seja isolada para todo tipo de atividade", informou o ministro Rubén Ramírez. "Estamos preocupados, porque já são três praias prejudicadas, chegando, aproximadamente, a três quilômetros de contaminação", completou.
De acordo com a pasta, a empresa que causou o vazamento pode receber uma multa de US$ 34,5 milhões (cerca de R$ 191 milhões). O acidente, já controlado, ocorreu no último sábado (15), nas praias da província peruana de Callao. A Refinaria La Pampilla, da espanhola Repsol, informou no último domingo (16), em nota, um "vazamento limitado" de petróleo no mar durante o processo de descarga de um petroleiro.
"Informamos que um derramamento de óleo na província de Callao, durante o processo de descarga de petróleo bruto do navio Mare Doricum, já está sob controle", reportou o Coen em nota. A Refinaria explicou, ainda, que os protocolos de segurança foram aplicados no momento do vazamento e as brigadas conseguiram controlar "o incidente" no mesmo dia.
Sem informar a quantidade de petróleo derramado, a empresa disse que o controle e limpeza do petróleo bruto da costa continua em coordenação com as autoridades locais. Logo depois, o Ministério do Meio Ambiente passou a monitorar os danos ecológicos nas praias. Além disso, as autoridades locais fecharam três praias na tarde de domingo e evacuaram os banhistas.