Pescadores e marisqueiras fazem protestos contra o encerramento do serviço de trens do Subúrbio de Salvador
O valor da tarifa dos trens custava cinquenta centavos, o que facilitava o deslocamento dos trabalhadores para o comércio de pescados

Foto: Reprodução / Rildo de Jesus/TV Bahia
Na manhã desta quarta-feira (4), um grupo de pescadores e marisqueiras iniciou um protesto no bairro de Paripe, em Salvador. Eles reclamam do fim do funcionamento do sistema de trens do Subúrbio Ferroviário e do preço da tarifa de ônibus comparado ao transporte anterior. Conforme o sindicato da categoria, cerca de 200 pessoas estão no local.
O valor da tarifa dos trens custava R$ 0,50, o que facilitava o deslocamento dos trabalhadores para o comércio de pescados na região de Água de Meninos e subúrbio da cidade. Agora, somente com o ônibus à disposição para o transporte, que custa R$ 4,40, os trabalhadores reclamam da dificuldade.
O serviço de trens foi desativado para dar lugar ao VLT. Os trilhos já foram fechados e o espaço já fechado para as obras do novo modal, que estão em andamento. Os trens deixaram de funcionar no dia 15 de fevereiro.
De acordo com o governo da Bahia, o VLT é classificado como veículo leve de transporte do tipo monotrilho. Ele funcionará com base em 25 paradas em duas linhas, e tem a expectativa de beneficiar cerca de 600 mil pessoas que vivem na região do subúrbio.
Ainda de acordo com o governo, as obras de implantação do VLT estão previstas para serem concluídas até 2023 e foi feito um estudo para diminuir o impacto da mudança na rotina dos moradores da região.
No entanto, depois da informação que os trens deixariam de funcionar como alternativa no transporte público e desapropriação de imóveis para a construção do modal, vários protestos foram realizados pelos moradores.