Pesquisa: 40% das mulheres dizem que já foram xingadas ou ouviram gritos em ambiente de trabalho contra 13% dos homens

A pesquisa do Instituto Patrícia Galvão obtida pelo G1, aponta que mulheres sofrem mais assédio moral e sexual no ambiente de trabalho do que os homens. 40% delas dizem que já foram xingadas ou já ouviram gritos no trabalho, contra 13% dos homens que vivenciaram a mesma situação. Dentre os trabalhadores que tiveram o trabalho excessivamente supervisionado, 40% também são mulheres e 16% são homens.

O estudo também revelou que na percepção de 92% dos entrevistados, mulheres sofrem mais situações de constrangimento e assédio no ambiente de trabalho do que os homens.

Adriane Reis, coordenadora nacional de Promoção da Igualdade e Eliminação da Discriminação no Trabalho – Coordigualdade, do Ministério Público do Trabalho de São Paulo (MPT-SP), afirma que apesar de ambos os sexos sofrerem assédio em empresas, a mulher ainda fica em uma situação pior porque o ambiente de trabalho reproduz valores de uma sociedade machista.

A pesquisa foi feita online com homens e mulheres de todo o Brasil, com 18 ou mais anos de idade. Foram 1.500 entrevistas realizadas de 7 a 20 de outubro de 2020. A margem de erro é de 2,9 pontos percentuais para mais ou para menos.