Pesquisa aponta que mulheres sofrem mais com o isolamento social do que os homens

Cansaço, solidão, insônia e variações de humor são apontados como principais problemas enfrentados

Por Da Redação
Ás

Pesquisa aponta que mulheres sofrem mais com o isolamento social do que os homens

Foto: Reprodução/Unifesspa

Ficar em casa o máximo possível e esperar até o pior passar. Essas foram as principais posturas adotadas pela maioria das pessoas para ajudar na contenção da Covid-19 ao longo de 2020. Apesar da eficácia para barrar a disseminação do novo coronavírus, o isolamento social prolongado gerou prejuízos à saúde mental, percebidos como cansaço, sentimento de solidão, insônia e variações no humor. 

Problemas que, segundo pesquisadores canadenses, são ainda maiores para as mulheres. Em um estudo on-line, psicólogos da Universidade de Calgary observaram que dificuldades para dormir e problemas comportamentais, como ansiedade e depressão, eram mais frequentes na população feminina, durante a pandemia. As conclusões foram apresentadas em uma revista especializada em saúde da mulher e podem contribuir no desenvolvimento de estratégias de tratamento psicológico.

“Embora eficazes em conter a disseminação do novo coronavírus, o isolamento e o distanciamento social causaram uma interrupção na rotina de muitas pessoas no mundo. Diante dessas mudanças, era muito importante acompanhar a saúde dos reclusos para identificar o surgimento de problemas e quais seriam eles”, ressaltou Veronica Guadagni, principal autora do estudo.

Guadagni e sua equipe entrevistaram 571 pessoas (112 homens e 459 mulheres) com idade média de 25 anos. O estudo ocorreu entre os meses de março e junho. Na avaliação das respostas dadas ao questionário, os pesquisadores observaram que 66% dos entrevistados relataram má qualidade do sono e mais de 39% disseram ter sofrido um aumento de sintomas relacionados à insônia, ansiedade e angústia.

A equipe de pesquisa também verificou que os problemas para dormir e sinais de depressão e ansiedade foram mais prevalentes em mulheres. “Além de termos visto taxas mais preocupantes desses problemas nas participantes do sexo feminino, nós notamos que elas pioraram muito mais nesse grupo especifico à medida que o período de isolamento se estendeu”, destacou Guadagni. 

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