Pesquisa atesta que gasto familiar com cultura revela desigualdade

Entre os mais pobres, apenas 5,9% da renda é usada para consumir cultura

Por Da Redação, Agências
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Pesquisa atesta que gasto familiar com cultura revela desigualdade

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Um levantamento feito Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta quinta-feira (5), aponta que o gasto médio mensal familiar com atividades culturais é mais um fator que amplia a desigualdade no Brasil. Em 2017/2018, alcançou R$ 282,86. Esse valor representa 7,5% das despesas totais, ficando abaixo de gastos com habitação (R$ 1.215,00); transporte (R$ 658,23 e assistência à saúde (R$ 302,06).

As famílias que possuem rendimentos de até R$ 1.908,00 comprometiam apenas R$ 82,15 de suas despesas com atividades culturais, o que significa 5,9%, abaixo da média nacional de 7,5%. Já o grupo que possuem rendimentos acima de R$ 5.724,00, utilizam 26,2% da renda com cultura.

Em 2018, havia 5,2 milhões de pessoas ocupadas no setor cultural do Brasil. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD Contínua), considerados na SIIC, representam 5,7% do total de ocupados no país. Em 2017, o setor movimentou R$ 226 milhões. O resultado indica ainda que mais da metade era de mulheres (50,5%). Pessoas de cor ou raça branca também eram maioria (52,6%), além dos com menos de 40 anos de idade (54,9%).

De acordo com o IBGE, a população preta ou parda apresenta-se mais vulnerável em relação ao acesso potencial a equipamentos culturais e meios de comunicação. Conforme a pesquisa, 44% viviam em municípios sem salas de cinema no ano passado, enquanto os brancos eram 34,8%.

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