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Pesquisa diz que Brasil envelhece sem aproveitar força de jovens para enriquecer

Dados apontam que oportunidade para aproveitar juventude vai terminar em 2025

Por Da Redação
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Pesquisa diz que Brasil envelhece sem aproveitar força de jovens para enriquecer

Foto: Reprodução/Agência Jovem de Notícias

Por quase 20 anos, o Brasil teve mais de 50 milhões de jovens entre 15 e 29 anos e, de acordo com o Atlas das Juventudes, esse contingente deveria ter sido aproveitado para ajudar a enriquecer o país, com qualidades como produtividade e inovação. 

Além disso, de acordo com a pesquisa coordenada pela rede Em Movimento e pelo Pacto das Juventudes pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) feito uma população mais jovem produz riqueza e não utiliza a previdência oficial.

Agora a proporção de jovens já começou a cair, e o envelhecimento deve se acelerar. De acordo com especialistas, o país não aproveitou esse "bônus demográfico" de jovens para impulsionar seu crescimento. Pois, quando a população envelhece, isso se inverte: há menos produção e mais consumo dessa poupança.

O Brasil viveu, nas últimas décadas, o fenômeno chamado de bônus demográfico: uma conjuntura de pirâmide etária "gorda", em que o número de pessoas economicamente ativas (a parte central da figura) é superior ao de idosos (ponta) e crianças (base). Essa fase já foi vivida por vários países, e é fruto da diminuição na taxa de fecundidade.

É algo passageiro: com a redução do número de crianças e o aumento da expectativa de vida, a tendência é de que o topo da pirâmide vá ficando mais largo, com um número maior de idosos. O aproveitamento do bônus demográfico pode trazer, além dos benefícios sociais, vantagens como: Geração de riqueza, Produtividade e Inovação. De acordo com o Atlas, a oportunidade para o país aproveitar essa oportunidade acaba em 2025.

"O Brasil viveu uma onda jovem de longa duração, entre 2002 e 2021. Neste ano, o número de jovens deve ficar abaixo de 50 milhões pela primeira vez. Vai ser uma queda acelerada (no número de jovens), e esse bônus vai virar um ônus. O vento que soprava a favor do crescimento vai começar a soprar contra.", diz Marcelo Neri, pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV) Social.

Carolina Utimura, CEO da Eureca (empresa que trabalha com programas de estágio e trainees), afirma que a oportunidade ainda não está perdida. Segundo ela, o país tem poucos anos para "trabalhar de forma consistente", implementando novas políticas focadas nas juventudes e dando continuidade às que já existem, como o programa jovem aprendiz.

"Essa porta estava muito escancarada, e está cada vez mais virando uma fresta. Países que foram muito bem (nessa transição), como Singapura e Japão, investiram muito em educação profissionalizante, incentivando aulas dentro das empresas e vagas que eram portas de entrada (para o mercado de trabalho).", diz Carolina.

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