Pesquisa feita por ONG revela que 12 perfis são responsáveis por 65% do conteúdo falso sobre vacinas contra Covid
Mais de 812 mil postagens feitas Facebook, Twitter e Instagram entre fevereiro e março foram analisadas

Foto: Reprodução/Agência Brasil
Uma pesquisa da ONG Centro de Combate ao Ódio Digital (na sigla CCDH, em inglês) e da Anti-Vax Watch, uma organização que monitora o movimento contrário a vacinação da Covid-19 nos Estados Unidos, mostra que 65% do conteúdo falso compartilhado sobre vacinas têm origem em 12 perfis nas redes sociais. Para se chegar nessa conclusão, foram analisados 812 mil posts no Facebook, Twitter e Instagram entre 1º de fevereiro e 16 de março de 2021.
Quase dois terços de toda a informação falsa têm origem em publicações dos 12 indivíduos. A CCDH, que tem sedes nos Estados Unidos e Reino Unido, divulgou as informações originalmente em março passado e alerta que os "12 da desinformação", como são chamados no relatório, continuam ativos nas redes sociais.
"(Eles) continuam operando no Facebook, Twitter e Instagram. Conteúdo falso e enganoso produzido pelos 12 indivíduos e suas organizações foram visualizadas até 29 milhões de vezes no mês passado", disse a CCDH, em comunicado.
De acordo com a ONG, os líderes de Facebook e Twitter, e também do Google, foram informados sobre os propagadores do conteúdo falso em uma audiência no Congresso dos EUA, em 25 de março. "Desde o interrogatório com os legisladores, o fracasso dos CEOs em cumprir suas promessas com ações permitiu aos '12 da desinformação' publicar 105 peças de desinformação", disse Imran Ahmed, CEO da CCDH.