Pesquisa sobre efeitos da Covid-19 no Brasil não é renovado pelo Ministério da Saúde
UFPel busca parcerias para dar continuidade aos estudos

Foto: Reprodução
O Ministério da Saúde não renovou o financiamento da Epicovid, pesquisa desenvolvida pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), que pesquisa e analisa os efeitos do novo coronavírus na população brasileira.
De acordo com o reitor da universidade, Pedro Hallal, o contrato fechado com a pasta previa as três primeiras fases, que foram concluídas. Mas, depois disso, não houve interesse em avançar para novas etapas.
"Completamos as três fases, o projeto foi concluído. O que o Ministério poderia fazer, que seria razoável, era continuar e fazer mais fases da pesquisa. Infelizmente parece que o Ministério não está interessado, porque não nos procurou mais. Embora a gente tenha manifestado o quanto era importante seguir em mais fases da pesquisa", explica Hallal.
Para que o estudo não seja afetado, a UFPel busca novas parcerias e formas de financiar e dar continuidade às próximas fases da Epicovid.
A terceira fase da pesquisa mostrou que, em dois meses, aumentou a prevalência do coronavírus em um grupo de cidades analisadas: de 1,9% (fase 1 da pesquisa entre 14 a 21 de maio) para 3,8% (fase 3, que ocorreu de 21 a 24 de junho). No mesmo período, o distanciamento social caiu de 23,1% para 18,9%.
Apesar dos resultados obtidos da terceira fase, ainda não há uma previsão para a retomada das próximas etapas, já que os pesquisadores aguardam pelas negociações.