Pesquisadores alertam para riscos de crianças expostas a telas
Na pandemia, essa exposição aumentou

Foto: Isac Nobrega/PR
Os pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) alertaram pais de crianças sobre o uso as telas de equipamentos eletrônicos, como celular, computador, televisor e tablet. Na pandemia, os responsáveis passaram a deixar as crianças mais tempo nos aparelhos.
“A situação que a gente vive hoje é de uma falta de alternativa muito grande para os pais que estão em trabalho remoto, muitas vezes sem ajudante em casa, e que precisam de alternativa para a recreação da criança no momento que precisam trabalhar ou fazer atividades domésticas. A questão é que o uso da tela se tornou muito mais que uma alternativa, tornou-se a única via e isso nos preocupa”, diz a coordenadora do Programa Primeira Infância Plena da UFMG, Delma Simão.
A pesquisadora explica que até 1 ano de idade não é recomendada nenhuma exposição à tela. Entre as dificuldades apresentadas na exposição excessiva às telas estão a dificuldade de aprendizagem, dificuldade de interação social, dificuldade de criar vínculo, dificuldade de se adaptar ao meio social e aos desafios que a sociedade impõe, prejudicando ainda o chamado controle inibitório que, de forma simplificada, é a habilidade de controlar respostas impulsivas e esperar a própria vez. No mundo virtual, a criança clica e recebe o conteúdo instantaneamente, prejudicando o desenvolvimento dessa habilidade.