Petistas criticam sinalização de Moro como indicado para vaga no STF

[Petistas criticam sinalização de Moro como indicado para vaga no STF]

FOTO: Fabio Rodrigues Pozzebom / Arquivo Agência Brasil

Parlamentares do PT reforçaram o discurso de que Sérgio Moro faria parte de um esquema contra o partido - inclusive com a condenação do ex-presidente Lula - com a confirmação de Jair Bolsonaro de que pretende indicar o atual ministro da Justiça e Segurança Pública para ocupar uma das onze cadeiras do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em entrevista no domingo (12) à Rádio Bandeirantes, Bolsonaro disse que uma pessoa com a qualificação de Moro se realizaria dentro do Supremo. "Eu fiz um compromisso com ele, porque ele abriu mão de 22 anos de magistratura, eu falei que a primeira vaga que tiver lá esta a sua disposição", registrou o presidente da República.

Petistas, que já dedicavam o dia para lembrar os três anos do impeachment de Dilma Rousseff, criticaram. O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS) escreveu que o projeto de poder da Lava Jato estaria "definitivamente exposto" e que a militância política de Moro "não tem mais onde se esconder". "Agentes públicos usaram seus cargos e a estrutura do Estado brasileiro para alavancar seus interesses políticos e financeiros", provocou Pimenta.

Também do PT, o baiano Afonso Florence relembrou os três anos da saída de Dilma pelo que chamou de "golpe" e continuou a narrativa destacando a posterior prisão de Lula e o fato de Moro ter se tornando ministro de Bolsonaro.

De outro lado, o líder do PSL no Senado Federal, Major Olímpio (SP), registrou que a oposição tenta justificar o injustificável: "que o Lula é um ladrão. Isso não tem nada a ver. Tenho certeza de que Moro tem todas as qualidades para ser um ótimo ministro do STF", colocou.
Os ministros Celso de Mello e Aurélio de Mello se aposentam da Corte dentro do mandato de Bolsonaro, a quem caberá indicar um nome a ser confirmado pelo Senado Federal após uma sabatina.

No governo do ex-presidente Michel Temer, Alexandre de Moraes, que também era ministro da Justiça, ficou com uma vaga.


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