Petistas entram com notícia-crime contra Moro e Dallagnol na PGR
Diálogos revelam a existência de uma série de comunicações funcionais informais

Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil
O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) e o ex-deputado Wadih Damous (PT-RJ) entraram, nesta sexta-feira (5), com uma notícia-crime contra o ex-ministro Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol na Procuradoria-Geral da República. Segundo o documento, ambos teriam entrado em "entendimento ou negociação com governo ou grupo estrangeiro, ou seus agentes, para provocar guerra ou atos de hostilidade contra o Brasil”.
A acusação acontece após diálogos virtuais entre Moro e Dallagnol no aplicativo Telegram e liberadas pelo Supremo Tribunal Federal. Os denunciantes lembram uma parte que Dellagnol “confessa abertamente” ter buscado os Estados Unidos para tratar de acordos de leniência bilionários.
Além disso, os procuradores da Lava Jato mantinham tratativas diretas com o Departamento de Justiça americano, em canais não oficiais de cooperação, sobre valores e percentuais negociados em acordos de leniência, segundo o documento.
“Os diálogos revelam a existência de uma série de comunicações funcionais informais e, ao que tudo indica, clandestinas e ilegais entre os procuradores brasileiros integrantes da Força Tarefa do Ministério Público Federal junto a autoridades suíças e estadunidenses”, escrevem os autores da notícia-crime.
Além de Moro e Dallagnol, são citados na notícia-crime os procuradores Januário Paludo, Laura Gonçalves Tessler, Orlando Martello Junior, Júlio Carlos Motta Noronha, Paulo Roberto Galvão de Carvalho e Athayde Ribeiro Costa. Eles também são acusados dos crimes de corrupção passiva, peculato, prevaricação, advocacia administrativa e violação de sigilo funcional.