PF apura suposto financiamento do governo a sites que atacaram Congresso e STF
Deputada federal Carla Zambelli é intimada a depor

Foto: Reprodução
A Polícia Federal investiga indícios de que o governo do presidente Jair Bolsonaro financiou pessoas e páginas na internet responsáveis pela propagação de supostos atos contra a democracia, que fizeram ataques ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) foi intimada pela PF a depor no inquérito. Foram sugeridas três datas para a presença da parlamentar, que está sendo definido por ela e sua equipe. Outro deputado que foi intimado foi Otoni de Paula (PSC-RJ). Os dois tiveram seus sigilos bancários quebrados, no âmbito da investigação.
As investigações também solicitaram depoimento do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), na condição de testemunhas. Mas apenas Carlos realizou a oitiva.
Um relatório parcial da PF produzido no inquérito aponta, pela primeira vez, a relação desses atos com o Palácio do Planalto, e apura se a publicidade foi utilizada para direcionar os recursos públicos.
O suposto financiamento chegou à PF por meio da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News do Congresso Nacional, que enviou à investigação informações de que a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) veiculou publicidade em sites que propagam o mesmo tipo de ações.