Brasil
A ordem de prisão foi assinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes
FOTO: Reprodução/ TV Morena/Arquivo
A Polícia Federal (PF) prendeu Celia Castedo Monasterio, a controladora responsável pela análise e aprovação do plano de voo da aeronave envolvida no desastre da Chapecoense, em 2016. A decisão foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Ele determinou a extradição da investigada para o país de origem.
A sentença assinada pelo ministro, diz que Celia é "procurada pela Justiça Boliviana para responder pela suposta prática do crime de atentado contra a segurança do espaço aéreo".
A controladora foi responsável pela análise e aprovação do plano de voo do avião que levava a delegação da Chapecoense e jornalistas para a final da Copa Sul-Americana de 2016. A aeronave caiu perto do aeroporto internacional José Maria Cordova, próximo à Medellin, na Colômbia. Ao todo, 71 pessoas morreram na tragédia.
Na ocasião, Celia teria deixado, de forma fraudulenta, de observar procedimentos mínimos para aprovação do plano de voo da aeronave, como a falta de combustível no avião para enfrentar qualquer imprevisto. O piloto decolou da Bolívia para a Colômbia sem gasolina suficiente.
Desde 2016, Celia era refugiada no Brasil e vivia em Corumbá, normalmente. A controladora chegou a ter o pedido de refúgio renovado. Celia usou como argumento para o pedido de refúgio "perseguição" na Bolívia, após as declarações sobre o acidente.
A PF disse que Celia continuará reclusa em Corumbá até que os trâmites legais para que seja entregue as autoridades bolivianas.
A defesa da controladora disse que "está tomando ciência sobre o pedido de extradição para saber qual medida tomar para garantir a permanência dela no Brasil".
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