PF prende suspeito em ação contra rede de migração ilegal para os EUA
A corporação diz que a operação Alpha tem o objetivo de desarticular um grupo responsável pelo envio de ao menos 220 para o país por meio de rotas América Central e do México

Foto: Arquivo/PF
A Polícia Federal prendeu um suspeito e fez buscas em endereços de Minas Gerais e São Paulo na manhã desta sexta-feira (5) em uma operação contra um esquema de migração ilegal para os Estados Unidos.
A corporação diz que a operação Alpha tem o objetivo de desarticular um grupo responsável pelo envio de ao menos 220 para o país por meio de rotas América Central e do México. Os investigados podem responder pelos crimes de promoção de migração ilegal, ameaça e lavagem de dinheiro.
Os agentes cumpriram um mandado de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em Governador Valadares e Itanhomi, em Minas Gerais, e na capital paulista. A Justiça Federal, diz a PF, determinou o bloqueio de bens e valores dos investigados no valor de R$ 23,7 milhões.
A quadrilha também ameaçava os familiares dos migrantes para que fizessem os pagamentos e usavam contas de laranjas para movimentar os recursos. O esquema também tinha uma rede nos Estados Unidos para receber os migrantes e fazer os pagamentos aos coiotes.
Na última quarta-feira (3), agentes da PF haviam deflagrado outra ação, também em Minas Gerais, contra esquema de migração ilegal. Ao menos 63 vítimas haviam sido identificadas pela operação Monterrey. A Justiça Federal bloqueou bens do grupo investigado no valor de R$ 8,1 milhões. Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em Ipatinga e Santana do Paraíso, em MG.
Também na quarta, a operação Rota Proibida, em Rondônia, mirou um grupo que organizava a migração ilegal para os EUA por meio agências de viagens para emitir passagens aéreas sem registro de retorno ao Brasil.
Segundo a PF, isso facilitaria o deslocamento pela rota conhecida como "cai-cai", que passa por México, El Salvador e Guatemala. O grupo, segundo investigação iniciada em 2024, cobrava R$ 70 mil por pessoa. Além do bloqueio de bens e da suspensão de atividades das empresas investigadas, foram apreendidos celulares, computadores e outros materiais em Rondônia, Pará e Minas Gerais.


