PGE-BA entra com ação na Justiça para dar continuidade à operação que investiga suposta fraude dos respiradores
A procuradoria também criticou a soltura dos empresários envolvidos no suposto esquema

Foto: Divulgação | PGE-BA
A Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE-BA), em representação ao Governo da Bahia e ao Consórcio Nordeste, entrou com uma ação judicial ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para dar continuidade à operação Ragnarok, que investiga uma suposta fraude na venda de 380 respiradores destinadas ao tratamento de pacientes infectados pela Covid-19 na região Nordeste.
Segundo argumentou a PGE-BA, a decisão dos Conselhos provocou a paralisação das investigações e a soltura dos empresários envolvidos no suposto esquema de fraude, que gerou um rombo de R$ 19 milhões aos cofres públicos. Até o momento, o dinheiro não foi devolvido.
Na ação, a PGE-BA também solicita pedidos de providências aos Conselhos. Por haver partes em segredo de Justiça, os detahes não foram apresentados pela Procuradoria.
Operação
A Operação Ragnarock foi realizada no dia 1 de junho e prendeu três empresários suspeitos de envolvimento em um suposto fraude na venda de respiradores exclusivos para o tratamento de infectados pela Covid-19. Os aparelhos foram comprados pelo Consórcio Nordeste no valor de R$ 19 milhões.
Segundo investigações, as empresas responsáveis pela venda dos equipamentos, a Hempcare e a BiogeoEnergy, receberam R$ 48 milhões por um conjunto de respiradores, não os entregou e ainda não devolveu o dinheiro. Eles foram soltos no dia 5 de junho após prestarem depoimento.
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