PIB 2025: mercado financeiro eleva expectativa de crescimento

Segundo o Boletim Focus, economia deve crescer 2,18% no próximo ano

Por Da Redação
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Atualizado
PIB 2025: mercado financeiro eleva expectativa de crescimento

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A previsão do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 subiu de 2,13% para 2,18%, segundo dados do Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central. A pesquisa, realizada semanalmente com instituições financeiras, também prevê que a economia cresça 1,81% em 2026 e 2% tanto em 2027 quanto em 2028.

O ajuste vem na esteira do resultado positivo do primeiro trimestre de 2025, quando a economia brasileira cresceu 1,4%, impulsionada principalmente pelo setor agropecuário, conforme dados do IBGE. Em 2024, o PIB registrou expansão de 3,4%, o quarto ano consecutivo de crescimento.

Em relação ao câmbio, a expectativa é de que o dólar encerre 2025 cotado a R$ 5,80. Para 2026, a projeção é de R$ 5,89.

A previsão para a inflação oficial medida pelo IPCA em 2025 foi levemente reduzida de 5,46% para 5,44%, mas ainda se mantém acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5%. Para os anos seguintes, as estimativas são de 4,5% em 2026, 4% em 2027 e 3,85% em 2028.

Em abril, a inflação mensal ficou em 0,43%, com destaque para os aumentos nos preços de alimentos e medicamentos. O índice em 12 meses acumulou 5,53%. A prévia de maio, medida pelo IPCA-15, registrou 0,36%, e o dado oficial do mês será divulgado nesta terça-feira (20) pelo IBGE.

Para conter a inflação, a taxa básica de juros (Selic) está mantida em 14,75% ao ano, com expectativa de permanecer nesse nível até o fim de 2025. O mercado projeta quedas graduais para os anos seguintes: 12,5% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.

As decisões sobre a Selic são tomadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que justificou o atual patamar com o cenário de incertezas econômicas e pressões inflacionárias, especialmente em alimentos e energia. Embora a taxa de juros seja o principal instrumento de controle da inflação, seu nível elevado também tende a desacelerar o consumo e impactar o crescimento econômico.

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