Pix é menos utilizado entre pessoas pouco escolarizadas em São Paulo, aponta Datafolha
Para o levantamento, foram ouvidas 1.806 pessoas em 61 municípios do estado
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Um levantamento realizado pelo Datafolha, divulgado nesta semana, apontou que o sistema de pagamentos instantâneos, Pix, é menos utilizado entre pessoas com pouca escolaridade no estado de São Paulo.
No estado, ao menos 61% da população diz utilizar o Pix para transferir dinheiro ou fazer pagamentos. Dos ouvidos, apenas 30% dos que usam a ferramenta completaram o ensino fundamental. Entre os que concluíram ensino médio, o número é de 68% e sobe para 79% entre os que têm ensino superior.
Para a pesquisa, foram ouvidas 1.806 pessoas em 61 municípios de São Paulo entre os dias 28 e 30 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Funcionando desde novembro de 2020, o Pix conta com mais de 130 milhões de usuários cadastrados. Dados do Banco Central apontam que, somente em março deste ano, 1,6 bilhão de pagamentos e transferências foram realizados.
Mesmo sendo um facilitador de operações instantâneas e sem tarifas, a ferramenta reflete ainda desigualdades as socioeconômicas do Brasil.
A renda também é um dos fatores que influenciam na taxa de adesão ao Pix. O método de pagamento é adotado entre 51% das pessoas de São Paulo que ganham até dois salários mínimos. Entre os que recebem dois e cinco salários, 69% usam a forma de pagamento.
A proporção é ainda maior nas faixas salariais superiores, já que pessoas que recebem entre cinco e dez salários mínimos, por exemplo, 84% das pessoas afirmam usar o sistema para transferir dinheiro e realizar pagamentos. Já no recorte de acima de dez salários, a taxa de adesão é de 76%.
