Pix: modalidade não exigirá conexão com a internet para transferência e enviará dinheiro ao exterior em 2022

O Pix, meio de pagamento em tempo real, começará o ano de 2022 com novidades. O criado dessa modalidade de pagamento, o Banco Central (BC), promete que a partir do próximo ano, não será mais necessário ter conexão com a internet para realizar as transações. Será possível também realizar compras internacionais, fazer o envio de dinheiro ao exterior e débito automático pelo Pix. 

O open banking, sistema que permite a troca organizada de dados de clientes e instituições financeiras, com inclusão dos produtos de investimentos, de seguros e de câmbio ao sistema, também conta com novidades para o próximo ano.

A partir de 15 de fevereiro de 2022, as conexões das contas dos clientes - que irão realizar um pagamento - a instituições financeiras ou cartões que ele queira usar, que até agora só valem para a função Pix, estarão disponíveis também para  TED, depois para boletos (30 de junho) e, finalmente, para débitos em conta (30 de setembro).

No open banking, isso poderá ser feito por um único aplicativo, por exemplo, que vai conecta todas as contas desse cliente, mesmo que o lojista não tenha acordo comercial com as financeiras ou bancos do cliente.

As inovações no Pix e no open banking fazem parte do cronograma do BC, que vem implementando cada nova função de forma escalonada, para evitar falhas. 

Agenda do Pix na reta final

O ano de 2022 marca a reta final dos lançamentos de serviços do Pix de acordo com o projeto inicial. No entanto, o próprio Banco Central destaca que outras novidades surgirão à medida que novas tecnologias se desenvolvem. 

Esse é um dos objetivos dos criadores do Pix: que a ferramenta estimule as empresas que atuam no sistema financeiro a lançarem serviços que aumentem a concorrência, reduzam os custos e facilitem a vida dos consumidores.

Transações offline e internacionais

Quanto às transações sem conexão com a internet, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, diz que a intenção do BC é expandir a utilização do Pix para ambientes que não tenham acesso à internet. Os detalhes de como vai operar essa função não foram revelados pelo Banco Central ainda. 

Já no caso das transações internacionais, o objetivo é conectar o Pix a outros sistemas de pagamentos fora do Brasil para facilitar transações como compras internacionais e remessa de valores ao exterior.

Essas duas funções não aparecem na agenda de implementação do Pix, mas foram adiantadas pelo presidente do BC no evento que marcou o primeiro aniversário do Pix.

Débito automático

Na agenda original, o Pix terá em 2022 a possibilidade de programar débito automático. Ainda sem data para entrar em operação, a nova ferramenta tem objetivo de atender transações recorrentes, como pagamentos de contas de consumo (energia, água ou internet), por exemplo.

Da mesma forma que as pessoas podem programar débito automático de contas por meio de aplicativos de bancos, o Pix poderá ser usado para essa função.

O Pix será mais uma forma de agendar débito automático além das que já existem. Quando entrar no app do banco, por exemplo, o usuário vai no ícone do Pix. Aí, quando abrirem as opções (transferir, registrar chave, consultar transações, etc), vai aparecer mais uma opção, a de fazer débito automático.