Polícia Civil do Rio de Janeiro prende 24 pessoas em operação contra maior rede de agiotas do estado
Segundo as investigações, a quadrilha extorquiu R$ 70 milhões das vítimas nos últimos quatro anos

Foto: Reprodução/TV Globo
A Polícia Civil fluminense iniciou nesta quinta-feira (16) a Operação Ábaco, contra a maior rede de agiotas do estado. A partir do Rio de Janeiro, a quadrilha se espalhou pelo país e abriu 70 escritórios de extorsão em pelo menos mais quatro estados — Ceará, Santa Catarina, Espírito Santo e Minas Gerais.
Segundo as investigações, a quadrilha extorquiu R$ 70 milhões das vítimas nos últimos quatro anos e não parou nem com a pandemia. Em muitos casos, os criminosos cobravam empréstimos que jamais tinham sido feitos ou continuavam exigindo mais dinheiro mesmo depois que a dívida era supostamente paga. Os juros chegavam a 30% ao mês.
As ameaças eram terceirizadas
Com informações detalhadas obtidas em sites de consulta, o grupo criminoso ameaçava as vítimas, por telefone, sempre com muita agressividade. Parentes e vizinhos também recebiam ligações com chantagens.
O chefe do esquema, de acordo com a polícia, é Guilherme Andrade Aguiar, o Macarrão. Ele já estava preso, mas, mesmo dentro da cadeia, continuava dando ordens aos comparsas.
Os suspeitos vão responder por extorsão, organização criminosa, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular. Até a última atualização desta reportagem, 24 pessoas haviam sido presas. Agentes da 76ª DP (Niterói) e de delegacias especializadas saíram para cumprir, no total, 65 mandados de prisão e 63 de busca e apreensão.
A ação mobilizou um efetivo operacional de mais de 200 agentes da Polícia Civil do Rio e com a participação das polícias civis dos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina e Ceará, que dão apoio às equipes da Polícia Civil do Rio que viajaram para aqueles estados.


