PF investiga se filhos de Bolsonaro também foram alvos de hackers
Presidente da Câmara e do Senado foram vítimas

Foto: Rafael Carvalho/Governo de Transição/Divulgação
Após ser divulgado que os celulares do presidente Jair Bolsonaro foi alvo de hackers, a Polícia Federal (PF) suspeita que os familiares do político também foram alvo das ações do grupo criminoso. A PF apura se Flávio Bolsonaro, Carlos Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro também integram a lista de políticos que tiveram os aparelhos invadidos.
Outros alvos
Os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), respectivamente, também foram vítimas dos ataques. O ministro da Justiça, Sergio Moro, realizou ligações aos alvos nesta quinta-feira (25) para tentar comunicá-los.
A Polícia Federal prendeu na última terça-feira (23) três homens e uma mulher, suspeitos de estarem envolvidos com as invasões de celulares das autoridades.
Rodrigo Maia já foi comunicado, Davi Alcolumbre ainda não foi informado. Segundo a assessoria do presidente do Senado, ele participa de uma festa religiosa em Mazagão Velho, no interior do Amapá, e o local não tem sinal para telefone.
Lista é extensa
De acordo com a PF, mais de mil pessoas podem estar presente na lista de alvo dos hackers. Alguns casos foram bem sucedidos, mas outros não. Ainda segundo a Polícia Federal, Walter Delgatti Neto, que foi preso na última terça sob suspeita de atuar como hacker, foi a fonte dos materiais que vem sendo divulgados desde o mês de junho pelo site The Intercept Brasil, que possui diálogos de autoridades da força tarefa da Lava Jato em Curitiba.
Em depoimento, divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo, Delgatti afirma que mandou as mensagens para o jornalista Glenn Greenwald, responsável pelo site, de forma anônima e sem interesse em compensação financeira.