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Polícia investiga sequestro de casal que pagou resgate em bitcoins

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Polícia investiga sequestro de casal que pagou resgate em bitcoins

Foi transferido um valor equivalente a quase R$ 50 milhões em criptomoedas.

Por Da Redação
Polícia investiga sequestro de casal que pagou resgate em bitcoins
Foto: Divulgação

Um empresário alemão e sua esposa foram sequestrados quando estavam na frente da casa onde moravam, em Anápolis (GO), e pagaram o resgate com bitcoins. Segundo relato do homem, foi transferido um valor equivalente a quase R$ 50 milhões em criptomoedas. O caso ocorreu em setembro de 2020, mas só foi revelado neste domingo (25) pelo Fantástico. 

Segundo a reportagem, as vítimas foram rendidas em casa pelos criminosos e precisaram transferir o valor para os criminosos. Imagens das câmeras de segurança do dia do crime mostram que dois homens armados renderam a esposa do empresário quando ela chegou em casa com as compras de supermercado. Um terceiro suspeito entra com um veículo na garagem e ajuda os outros dois, que levaram o casal e um computador deles para um terreno baldio.

“Ele me disse: ‘Se fizer algo errado e se não digitar os códigos corretos, vou matá-lo na hora'”, relembra a vítima. “Os criminosos detinham conhecimento tanto do quanto que a vítima possuía, quanto da qualidade desses ativos. Se tratavam de pessoas que já tinham havido um relacionamento com essa vítima”, contou o delegado Jorge Bezerra.

Quatro horas depois, com a transferência concluída, as vítimas foram abandonadas no local.

Investigação

A polícia rastreou os códigos que circulam no ambiente virtual e, de acordo com a investigação, o montante foi transferido para outros dois endereços. A partir deles, os bitcoins foram distribuídos por vários outros. Entre os responsáveis pelos endereços em que os valores chegaram está o trader Edgar Acioli, que atua comprando e vendendo ativos financeiros nos mercados capitais. Ele chegou a movimentar parte do valor para o alemão este ano.

Neste mês, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na casa dos suspeitos em São Paulo e em Goiás. Na capital paulista estão Acioli, um empresário ligado a ele e outras pessoas que receberam dinheiro virtual. Em Goiás, os responsáveis pela logística do sequestro e por armazenar o computador para garantir a transferência dos bitcoins.

Edgar Acioli está preso por participar de um assassinato de um advogado, em 2019. Em nota, a defesa diz que Acioli desconhece os fatos, que vai se manifestar depois da conclusão do inquérito e que sequer ele foi ouvido pela polícia.

Durante a operação, policiais apreenderam joias, carros e mais de R$ 1 milhão e bloquearam imóveis que, segundo a polícia, foram comprados com dinheiro da vítima. Ninguém foi detido. A Justiça entendeu que, como já se passaram dois anos do sequestro, os suspeitos não teriam como atrapalhar as investigações.

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