Polícia prende bombeiro que teria participação na morte de Marielle
Maxwell Simões estava sendo investigado desde o ano passado

Foto: Reprodução/Internet
Apontado como cúmplice do sargento da reserva da Polícia Militar Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, o cabo do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Corrêa, o Suel, de 44 anos, foi preso, na manhã desta quarta-feira (10), durante a operação Submersos II. Ele foi localizado num condomínio na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Suel já estava na mira da DHC (Delegacia de Homicídios da Capital) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), do Ministério Público do Rio (MPRJ) desde a prisão de Lessa e do ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, em março do ano passado. De acordo com os investigadores, coube ao bombeiro ajudar, logo após a prisão do sargento, no descarte das armas escondidas por Lessa.
O bombeiro é acusado de ter cedido um carro para a quadrilha de Lessa esconder as armas por uma noite, logo após a prisão do sargento, antes de um de seus comparsas, Josinaldo Freitas, o Djaca, recolhê-las e jogá-las no mar para evitar a apreensão. Uma das armas, cogita a polícia, pode ter sido usada no ataque a Marielle. O veículo de Suel ficou estacionado no pátio do supermercado Freeway, na Barra da Tijuca.
Suel tentou plantar falsas testemunhas para esconder a propriedade do carro, mas os investigadores conseguiram desmenti-las. O delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, titular do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), afirmou que espera prender ainda em 2020 os mandantes do assassinato da vereadora e de seu motorista.