Policiais asfixiam homem negro com capuz nos Estados Unidos; vítima morreu
Família diz que acionou a polícia para conter o homem e não linchá-lo

Foto: Reprodução
Um homem negro morreu asfixiado depois que policiais colocaram um capuz na sua cabeça, na cidade de Rochester, em Nova York, nos Estados Unidos. O caso ocorreu em março, mas as imagens da ação policial só foram divulgadas ontem (2), pela família da vítima, identificada como Daniel Prude.
A abordagem ocorreu no dia 23 de março. Dia em que a polícia foi acionada pela própria família da vítima, pois ele aparentava estar com problemas mentais e estava correndo nu pela rua. "Eu liguei (para a polícia) e pedi ajuda para o meu irmão. Não para ele ser linchado", disse Joe Prude durante uma entrevista coletiva.
As imagens mostram Prude nu e atendendo às ordens dos policiais de ficar no chão. Ele é algemado com as mãos para atrás e deixado deitado no chão, enquanto neva na cidade. Prude começa a se contorcer e gritar pedindo pela arma de uma dos policiais. "Me dá sua arma, eu preciso dela".
Em seguida, um dos agentes cobriu a cabeça da vítima com um capuz, adereço que passou a ser usado pelos policiais para evitar que as gotículas os atinja durante uma abordagem. O homem pede para os policiais retirarem o capuz, mas eles pressionam o rosto da vítima no chão por cerca de dois minutos. Outro agente coloca os joelhos nas costas de Prude.
Ao notarem que Prude havia parado de gritar e se mover. Os policiais retiram o capuz e solicitam um socorrista para examiná-lo, que tentam o reanimar e o levam para uma ambulância. Segundo a família, ele morreu uma semana depois.
De acordo com a AFP, um médico concluiu que a morte de Prude foi um homicídio em decorrência de complicações causadas por asfixia. O relatório também apontou intoxicação por fenciclidina, uma droga que causa alucinações, como fator que também contribuiu para a morte.