Policiais se dizem desprezados por Bolsonaro por não ficarem de fora do congelamento de salários
Contenção de gastos vai permitir nova rodada do auxílio emergencial

Foto: Rprodução/Metrópoles
Vinte e quatro entidades policiais de todo o território nacional, integrantes da União dos Policiais do Brasil (UPB) se posicionaram conjuntamente para informar que o governo federal trata os profissionais da segurança pública com "desprezo". A categoria nesta quarta-feira (10) uma coletiva em Brasília para realizar protestos e devem aprovar possível paralisação.
De acordo com o presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Edvandir Paiva, afirma que a classe de policiais estão sendo usados como "bode expiatório" e "moeda de troca" em um cenário de dificuldade fiscal.
“Os policiais estão extremamente irritados com a forma como estão ocorrendo como reformas”, diz Paiva. “(Bolsonaro) Usou a bandeira dos policiais na eleição, mas nas reformas, eles não estão sendo levados em conta”, critica.
A preocupação da classe é referente a negociação para livrar categorias como policiais civis, federais e militares do congelamento de salários para contenção de gastos em caso de emergência fiscal.
Segundo Paiva, a crítica feita pelos policiais é justamente sobre o risco dos salários dos servidores ficarem congelados pelos próximos 15 anos - tempo de duração do teto de gastos, regra que limita o avanço das despesas relacionadas. “Não é questão de ser contra o congelamento na pandemia. É razoável que haja sacrifícios. Mas há risco grande de os salários ficarem congelados por 15 anos ”, afirma.