Por causa da pandemia, escritórios corporativos disponíveis salta de 20,9% para 50% em nove meses

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Por Michel Telles
Ás

Por causa da pandemia, escritórios corporativos disponíveis salta de 20,9% para 50% em nove meses

Foto: Arquivo

Por causada pandemia que assola o mundo, o número de escritórios disponíveis deu um grande salto. De acordo com a multinacional americana JLL, especializada em imóveis corporativos, o total de escritórios desocupados estava em um patamar que não se via desde o início da década passada — 13,6% — e o segmento esperava um cenário bastante positivo para 2020, com alta na demanda e nos valores de aluguéis. Com pandemia, a perspectiva mudou: a taxa de imóveis disponíveis projetada para dezembro é de 20,9% — uma alta superior a 50% em nove meses.E o resultado só não é pior, passando de 25% de disponibilidade, porque o setor imobiliário segurou boa parte das entregas de edifícios deste ano. Além disso, o período de isolamento social foi mais longo do que o esperado. Por isso, só agora muitas empresas estão fazendo as contas para saber, afinal, quantos metros quadrados serão suficientes para uma operação que inclua a adoção mais permanente do home office. Para a diretora da área de transações da JLL, Mônica Lee, a demora de retorno ao trabalho presencial empurrou para 2021 pelo menos um quarto das devoluções previstas para os próximos meses. No ano que vem, os dados do setor devem ser influenciados também por inaugurações. "O fato é que a situação das empresas ficou mais difícil. E, sem dúvida, muitas delas estão reavaliando os custos com escritórios", afirma. Segundo pesquisa da KPMG, um número crescente de empresas só pretende voltar ao escritório em 2021. O movimento foi anunciado por empresas do setor financeiro, como a XP, e por gigantes de tecnologia, como o Google.A lista de grandes negócios que estão revendo sua ocupação é longa: inclui o Banco do Brasil, que vai devolver 38% dos escritórios que hoje ocupa; o Itaú, que faz um estudo sobre o tema; e o laboratório Fleury, que decidiu concentrar toda a operação de São Paulo em um edifício a ser inaugurado em 2022 e vai apostar fortemente no home office.

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