Preço dos alimentos encerra o ano em queda pela 1ª vez desde 2017
Segundo o IBGE, o grupo alimentação no domicílio apresenta uma diminuição média de 2,4% até novembro

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
Pela primeira vez desde 2017, o preço dos alimentos vai encerrar o ano registrando queda. É o que indica o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE, que mostra o grupo alimentação no domicílio apresentando uma diminuição média de 2,4% até novembro.
Até o penúltimo mês do ano, o INPC apresentou uma queda de pouco mais de 1%, com reduções significativas de 9,4% nas carnes e 6,8% nas aves e ovos. Isso tem um impacto relevante na metade da população brasileira representada pelo INPC, para quem a alimentação é crucial no orçamento.
De acordo com especialistas, o recorde na safra de grãos contribuiu para a oferta abundante de produtos como soja, milho e feijão, influenciando positivamente nos preços de itens como óleo de soja, carnes e frango.
Apesar dos ventos favoráveis em 2023, os especialistas alertam para possíveis desafios no horizonte de 2024. O fenômeno El Niño, associado ao aumento das temperaturas, é previsto para afetar as lavouras brasileiras, podendo encarecer frutas, legumes, verduras, carnes, frangos e ovos.
Apesar do alívio nos preços dos alimentos em 2023, há incertezas sobre a continuidade desse cenário positivo. Os economistas preveem um aumento nos preços no próximo ano, alertando para os possíveis impactos do El Niño e outros fatores climáticos no setor agrícola.