Preços dos alimentos devem sofrer uma queda de 8% neste ano, diz o Banco Mundial
Preços de commodities devem cair 21%, mas seguirão altos
Os preços globais das commodities devem cair 21% neste ano quando comparados a 2022. Se confirmado, o ritmo será o mais rápido desde o início da pandemia da Covid-19. A estimativa é de um relatório divulgado nessa quinta-feira (27) pelo Banco Mundial e divulgado pelo Estadão.
Apesar disso, o banco afirmou que os preços de grandes grupos de commodities devem seguir acima das médias de 2015-2019. Segundo o relatório, a queda dificulta as perspectivas de crescimento de quase dois terços das economias em desenvolvimento que dependem da exportação de commodities.
Os preços dos alimentos devem sofrer uma queda de 8% neste ano, mas a estimativa é que continuem no segundo maior nível desde 1975. “Governos devem evitar restrições comerciais e proteger seus cidadãos mais pobres, usando programas direcionados de apoio à renda em vez de controle de preços”, informou Indermit Gill, economista-chefe e vice-presidente sênior para Economia de Desenvolvimento do Banco Mundial.
Também é projetada pelo Banco Mundial uma queda de 26% nos preços de energia. O barril do petróleo Brent deverá custar em média US$ 84 neste ano, 16% a menos que a média de 2022.
“O declínio nos preços de commodity no último ano ajudou a reduzir a inflação global. No entanto, banqueiros centrais precisam permanecer vigilantes, já que uma gama ampla de fatores pode elevar os preços e reacender as pressões inflacionárias”, alertou o vice-economista-chefe e diretor do Grupo de Perspectivas do Banco Mundial, Ayhan Kose.