Prefeitura de Itapetinga demite guarda municipal que agrediu jovem de 17 anos
Suspeito também foi denunciado pelo Ministério Público da Bahia no dia 31 de agosto

Foto: Foto: Reprodução/TV Sudoeste
A Prefeitura de Itapetinga, município do sudoeste da Bahia, demitiu, nesta segunda-feira (19), o guarda municipal Marcos dos Santos Silva, suspeito de agredir e ameaçar um jovem, de 17 anos, em julho deste ano. As agressões teriam sido motivadas por um desentendimento entre a vítima e o filho do guarda, que também agride o rapaz.
A prefeitura informou que a demissão aconteceu após um processo administrativo e uma investigação feita pela Corregedoria da Guarda Municipal.
O guarda-municipal foi exonerado horas depois que as imagens do momento da agressão viralizaram nas redes sociais, causando a revolta nos moradores da cidade.
Marcos Silva foi denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), no dia 31 de agosto, pelos crimes de lesão corporal, constrangimento ilegal, disparo de arma de fogo, ameaça, violência arbitrária, além de falsidade ideológica, porque ele deu uma declaração falsa no boletim de ocorrência da corporação.
Por causa dos crimes, o MP pediu à Justiça a suspensão do exercício do cargo público do guarda municipal, a suspensão da posse e do porte de arma de fogo, além da determinação de proibição de contato com as vítimas e testemunhas e de aproximação destas até o limite de 300 metros.
Caso
De acordo com a denúncia, Marcos agia em retaliação a uma desavença que seu filho havia tido com a vítima Luiz Augusto, por causa do fato ocorrido em uma escola da cidade. Na ocasião, ele ordenou que todos se deitassem no chão e depois efetuou um disparo de arma de fogo em via pública.
Ele determinou que as sete pessoas ficassem em fila e retirou a vítima Luiz Augusto do grupo, colocando-a sentada em um banco, desferindo socos e chutes, atingindo-o na região do tórax e nas costas. O acusado teria mobilizado outros integrantes da Guarda Civil Municipal e utilizado o veículo da instituição para conduzir indevidamente as vítimas à delegacia de polícia.
“A gravidade concreta das condutas praticadas pelo denunciado Marcos demonstra a periculosidade deste, uma vez que, no exercício do cargo de guarda municipal e com o emprego de arma de fogo, agrediu sete pessoas, constrangeu-as, ameaçou-as e deflagrou um tiro”, destacaram os promotores de Justiça.


