Presidente do Cruzeiro é intimados pela Polícia Federal e pode ser investigado na Operação Escobar
Mandatário é suspeito de participar de vazamentos de documentos sigilosos da Polícia Federal

Foto: Alexandre Guzanshe/EM D.A Press
O presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, foi intimado na manhã desta terça (18) para depor na sede da Polícia Federal, localizada no bairro Gutierrez, na Região Oeste de Belo Horizonte, e esclarecer uma possível participação na Operação Escobar, que investiga vazamentos de documentos sigilosos da PF.
A polícia investiga contratos de honorários dos advogados Carlos Alberto Arges Júnior e Ildeu da Cunha Pereira. Ambos foram presos no dia 5 de junho. A Federal suspeita de lavagem de dinheiro e desvio de dinheiro para outros dirigentes do Cruzeiro.
Entenda a Operação Escobar
A operação é um desdobramento de outra operação, a Capitu, que aconteceu quando Ildeu da Cunha Pereira e outras 15 pessoas, foram presas na investigação de um suposto esquema de corrupção no Ministério da Agricultura, quando Dilma Rousseff estava no seu segundo mandato como presidente do Brasil, entre 2014 e 2015.
Na ocasião, Antônio Andrade, do MDB, então vice-governador de Minas Gerais, e o empresário Joesley Batista, dono da JBS, constavam na lista de presos. De acordo com a Polícia Federal, as investigações se iniciaram após os documentos da Capitu serem encontrados na casa de Andrea Neves, irmã do deputado federal Aécio Neves (PSDB), em dezembro de 2018.
Após encontrar os documentos, a Polícia Federal averigou e constatou o vazamento de informações sobre outras operações. Além disso, destacou os advogados tinham acesso privilegiado à essas informações e utilizavam-na tentando tirar proveito, ao oferecer para os clientes, algumas facilidades ilegais.
Sete mandados de busca e apreensão foram expedidos e cumpridos nos escritórios dos advogados investigados. Arges, Ildeu e um servidor da Federal foram presos preventivamente.