Presidente do Suriname é condenado por assassinato de adversários políticos
Crimes investigados teriam acontecido durante a ditadura militar nos anos 1980

Foto: Divulgação
O presidente e ex-ditador do Suriname, Dési Bouterse, foi condenado a 20 anos de prisão nesta sexta-feira (29) pelo assassinato de 15 adversários políticos em 1982, época em que ocorreu a ditadura no país sul-americano.
Segundo a agência Reuters, Bouterse está na China para visita oficial nesta sexta-feira (29). Ainda não se sabe se ele poderá ser preso ao voltar ao Suriname. Ele negou as acusações e terá duas semanas para recorrer da sentença.
De acordo com a denúncia , Bouterse supervisionou uma operação na qual soldados prenderam 16 pessoas, entre elas, advogados, jornalistas e professor universitário.
Todos os 16 foram levados a uma fortaleza em Paramaribo, capital do Suriname, para serem assassinados. Só um sobreviveu: um líder sindical que, posteriormente, testemunhou contra Bouterse.
Eleito em 2010 e reeleito em 2015, o atual presidente do Suriname comandou o país também após o golpe militar no país ocorrido em 1980 — cinco anos depois de os surinamenses conseguirem a independência da Holanda.