Pressão alta pode desencadear demência vascular, diz estudo

Um estudo recentemente publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences revelou que a hipertensão arterial, mais conhecida como pressão alta, desencadeia modificações nas artérias do cérebro, o que ao longo do tempo pode resultar em demência vascular, o segundo tipo mais frequente de declínio cognitivo.

As artérias cerebrais têm a capacidade de se contrair e expandir em resposta a variações na pressão sanguínea. Porém, o estudo mostra que a hipertensão pode fazer com que as artérias permaneçam estreitas, restringindo o fluxo sanguíneo para o cérebro, o que aumenta o risco de derrame e demência.

Embora o estudo tenha sido conduzido em camundongos, os pesquisadores ressaltam que os processos de contração e dilatação dos vasos sanguíneos são semelhantes em seres humanos. O objetivo dos cientistas era compreender as implicações do estreitamento dos vasos sanguíneos. Para alcançar esse entendimento, eles usaram algumas ferramentas especiais.

Uma delas é a eletrofisiologia, que é como colocar pequenos sensores nos vasos sanguíneos para ver como os músculos que os rodeiam estão trabalhando. Os resultados indicaram que o estreitamento dos vasos ocorre devido a falhas na comunicação entre partes essenciais das células musculares que envolvem os vasos.

Em resumo, indivíduos com hipertensão apresentam um estreitamento dos vasos sanguíneos permanente porque parte das células musculares que os cercam não estão se comunicando bem. Essa descoberta abre caminhos para tratamentos medicamentosos que possam restaurar essa sinalização.