Prevent fecha acordo com MP para interromper o uso de 'kit covid'
Operadora foi proibida de realizar a troca do CID (Classificação Internacional de Doenças) dos pacientes

Foto: Divulgação
A operadora de saúde Prevent Senior assinou, nesta sexta-feira (22), o Compromisso de Ajustamento de Conduta do Ministério Público de São Paulo, se comprometendo a suspender o uso do tratamento precoce, mais conhecido como 'kit covid', em pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19.
A promotoria de saúde do MP indicou os medicamentos cloroquina, hidroxicloroquina, flutamida, etarnecepte, azitromicina, oseltamivir, ivermectina, nitazoxanida, colchicina, zinco, corticoides, vitaminas e anticoagulantes, como pertencentes ao kit.
Além disso, a operadora foi proibida de realizar a troca do CID (Classificação Internacional de Doenças) dos pacientes e deverá contratar um ombudsman, responsável por ouvir sugestões e reclamações dos clientes da rede. A Prevent também terá que divulgar em três jornais de grande circulação ou em cinco portais de dimensão nacional uma notícia desmentindo a realização de pesquisa científica com pacientes em tratamento da Covid-19.
Já a sugestão da criação de um "conselho gestor" para fiscalizar as políticas de saúde da operadora e se esta está seguindo as recomendações do MP foi negada. De acordo com a operadora, a implementação demandaria um grande tempo.
"O conselho gestor é fundamental, mas não chegamos a um consenso. Temos duas alternativas: jogar a assinatura para depois, até chegar a um consenso, ou assinar o que estava pacificado. Chegamos à conclusão que era melhor assinar o que estava pacificado porque há pontos importantes", disse o promotor Arthur Pinto Filho, do Ministério Público.