Primeira carga de trilhos para obras da FIOL trecho II desembarca totalmente no Porto de Salvador
Equipamentos serão responsáveis por ligar ferrovia entre os municípios de Caetité e Barreiras, no oeste da Bahia

Foto: Gilberto Jr./Farol da Bahia
Uma solenidade realizada no final da tarde desta quinta-feira (14), na Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), situada no Porto de Salvador (Comércio), marcou a entrega final da primeira carga de trilhos, que serão destinadas às obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL).
No último dia 8 de setembro, o navio Pretty Universe atracou no Terminal de Contêineres de Salvador (Tecon), com um lote com 20.035 trilhos, o equivalente a 20 toneladas. As peças serão responsáveis por ligar o trecho II da ferrovia entre os municípios de Caetité e Barreiras, no oeste da Bahia, com cerca de 485,4 quilômetros (km). De acordo com o Ministério da Infraestrutura, outros três navios são esperados ainda neste ano, sendo um deles já a caminho da capital baiana.
"É motivo de orgulho para a Codeba e para toda a comunidade portuária baiana. Na minha visão, a chegada dos primeiros trilhos significa mais desenvolvimento, mais progresso para toda aquela região de influência que exercerá a FIOL. As ferrovias naturalmente fomentam, ao longo do seu caminho, indústrias e comércio, e isso traz um desenvolvimento econômico e social para toda a região. Naturalmente também vai gerar novos empregos e novas qualificações para os trabalhadores", disse o diretor-presidente da Codeba, Vice-Almirante Carlos Autran de Oliveira Amaral.
Ao Farol da Bahia, Autran ainda pontuou que a função da ferrovia não será somente levar uma carga de um lado para o outro, mas sim criar um processo desenvolvimento em torno das vias. "Com o desenvolvimento da economia, tem a geração de receita e benefício social. É de alcance grande, muito significativo, principalmente para a Bahia, que está vendo mais um fator de desenvolvimento acontecendo. Essa entrega inicial para o trecho dois é um marco", completou.
De acordo com o presidente da Valec Engenharia, André Kuhn, empresa pública vinculada ao Ministério da Infraestrutura, o desembarque da última remessa do primeiro lote dos trilhos é emocionante porque indica que a execução das obras vai ocorrer de forma rápida, com a modalidade do investimento cruzado, que permite a realização da aquisição. "[As ferrovias] vão permitir o que todos querem, a sociedade, a classe empresarial, os produtores, as mineradoras, elas não querem projeto, não querem obra, elas querem o benefício gerado pelo empreendido. E o grande benefício gerado pela construção da FIOL é o transporte de carga", pontuou.
Entre os benefícios da FIOL estão a redução do custo do frete no Brasil, o que vai trazer geração de riquezas ao país, e desenvolvimento regional, não só para a região, mas para a unidade federativa como um todo. "A criação de riquezas permite o investimento de infraestruturas de tal forma que a cada período em que esses recursos são aplicados, melhorando o desenvolvimento, todos têm retorno desses empreendimentos. Mas o retorno não é somente para as empresas e produtores, mas para a população e comunidade. Mais de 20 mil empregos diretos e indiretos serão criados", explicou Kuhn.
No total, a FIOL terá 1.527 quilômetros (km), ligando o futuro Porto Sul, na região de Ilhéus (BA), ao município de Figueirópolis, no Tocantins, onde se conectará com a Ferrovia Norte-Sul e o restante do país.