Primeira vez em 30 anos: Trabalhadores da área de defesa da Boeing entram em greve
Cerca de 3,2 funcionários paralisaram suas atividades na madrugada desta segunda-feira (4)

Foto: Boeing 737-7 MAX. Créditos: Anna Zvereva/ Wikimedia Commons
Os trabalhadores das fábricas da área de defesa da Boeing entram em greve pela primeira vez em 30 anos. Cerca de 3,2 mil funcionários da empresa norte-americana do setor de viação iniciaram a paralisação na madrugada desta segunda-feira (4) na cidade de St. Louis, no estado do Missouri nos EUA.
O sindicato recusou a proposta de aumento de 20% dos salários e elevação de contribuições para aposentadoria oferecida pela empresa.
Por meio de nota, o principal representante da associação, Tom Boelling, informou que os membros querem um contrato que considere os serviços prestados à defesa dos EUA. “Os membros do Distrito 837 da IAM falaram alto e claro: eles merecem um contrato que reflita suas habilidades, dedicação e o papel crucial que desempenham na defesa do nosso país”, disse.
Dan Gillian, vice-presidente da Boeing e executivo sênior da unidade de St. Louis, através de um comunicado, informou que a fabricante está preparada para greve e que está em ação um ““plano de contingência para garantir que a força de trabalho não envolvida na paralisação continue dando suporte aos clientes”.
Esta é a primeira vez que há uma greve de funcionários na empresa norte-americana deste de 1996, quando o movimento durou 100 dias.
A fábrica da área de defesa produz aeronaves de combate como o F-15 e o jato de treinamento T-7, componentes para jatos comerciais 777-X, além de munições e mísseis. A área de defesa da empresa foi responsável por 30% da receita empresa deste segundo trimestre do ano.