Procon-SP notifica Hospital Albert Einstein por erro em testes de Covid-19
Instituição tem até 72 horas para se posicionar

Foto: Agência Brasil
A Fundação Procon de São Paulo comunicou nesta quarta-feira (5), que notificou na terça-feira (4), o Hospital Albert Einstein sobre resultados de testes de PCR para a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, feitos em jogadores e membros da comissão técnica do Red Bull Bragantino, no último dia 27 de julho. Devido a erros da instituição, 23 dos exames deram positivo.
Segundo o órgão, os resultados corretos, no caso negativo, só saíram pós dois dias, e poucas horas antes do jogo contra o Corinthians, pelas quartas de final do Campeonato Paulista. O ocorrido fez com que o time de Bragança Paulista (SP) levasse os jogadores a outros dois laboratórios para realizarem novos testes. Todos testaram negativo. O Einstein é quem tem conduzido os testes da covid-19 dos participantes do Campeonato Paulista desde a retomada da competição.
Em nota, o Hospital Albert Einstein, a Federação Paulista de Futebol (FPF) e o Bragantino, asseguram que foram identificados dois lotes de reagentes importados (primers) com instabilidade de funcionamento, "provavelmente os responsáveis pela divergência". Ainda segundo o documento, "a fabricante, uma empresa internacional, foi imediatamente notificada sobre a ocorrência e os lotes com desempenho atípico foram retirados da rotina de exames do laboratório".
O documento diz ainda que a instituição hospitalar reprocessou os lotes de testes feitos com os primers, identificando "44 divergências adicionais" e comunicando o resultado aos pacientes. A nota diz ainda que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi comunicada da ocorrência. O Procon aguarda uma posição do hospital em até 72 horas.
Na ação, o Procon questiona:
- qual a empresa responsável pela elaboração e aplicação dos referidos testes;
- o motivo que levou ao diagnóstico equivocado;
- se há probabilidade de ocorrerem novos erros em diagnósticos decorrentes destes testes;
- os tipos de testes para detecção de coronavírus disponíveis no hospital;
- se, além do registro na Anvisa, os testes foram avaliados no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) ou entidade equiparada;
- se os testes foram submetidos a algum outro mecanismo de controle de segurança, qualidade e eficácia;
- os critérios utilizados para a seleção e escolha dos testes que serão ofertados em detrimento de outros;
- a origem dos reagentes utilizados para os testes;
- as medidas adotadas pelo hospital diante da divergência encontrada;
- quantos pacientes efetuaram testes com a utilização do reagente que apresentou divergência;
- as providências tomadas quanto aos usuários dos reagentes que podem ter recebido resultados incorretos;
- se, além dos problemas com os reagentes utilizados, outros fatores podem causar divergências nos resultados.


