Produção de energia fica mais cara e conta voltará a subir em 2021

Falta de chuva é um dos fatores para o aumento

[Produção de energia fica mais cara e conta voltará a subir em 2021 ]

FOTO: Agência Brasil

De acordo um levantamento realizado pelo Metrópoles, a falta de chuvas, que tem deixado os reservatórios das hidrelétricas em baixa, e o estresse na distribuição da energia até os consumidores são fatores que contribuem para que a conta de luz fique mais cara em 2021.  

O consumo aumentou nos últimos três meses e pode sobrecarregar ainda mais o sistema elétrico, já estressado. A reabertura econômica, após o período crítico de isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, elevou a utilização de energia no país. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a variação do consumo de energia no terceiro trimestre teve alta em relação ao mesmo período do ano passado. 

Após seis meses em queda, o recorte de tempo coincide com o fechamento do comércio, das escolas e dos serviços. Dados da CCEE revelam que, entre abril e novembro, o custo de produção de energia elétrica no país cresceu 981%. Passou de R$ 39,68, na primeira semana de abril, para R$ 428,96, na última semana. Ou seja, o preço ficou quase 11 vezes maior. De acordo com especialistas, essa combinação de fatores pessimistas elevam a probabilidade de aumento nas contas dos brasileiros.

Veja a variação do consumo de energia em relação ao mesmo período do ano passado:

1º trimestre: -2,1%
2º trimestre: -8,4%
3º trimestre: +1,9%

ONS 

O ONS é responsável por monitorar o fornecimento de energia em todo o Brasil e fazer a gestão dos recursos energéticos disponíveis. Atualmente, o governo federal suspendeu o sistema de bandeiras, que norteia a cobrança nos preços da conta de luz, devido a pandemia. 

“Sazonalmente, de maio a novembro, entramos no período chamado de seco, ou seja, com escassez de chuva, o que acaba influenciando no nível de armazenamento da água que cai nas bacias e que efetivamente chega aos reservatórios de cada usina, podendo reduzir a geração hidrelétrica no país”, explica, em nota, o ONS. Assim, há maior despacho de outras fontes de energia, como termelétricas. “As eólicas também têm alta produção nesse período”, continua o comunicado. Apesar das condições ruins, o órgão descarta falhas no fornecimento. “O Brasil é um país com uma matriz elétrica bastante diversificada. Não há nenhum risco de desabastecimento no país”, destaca o texto.


 


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