Produção de grãos na Bahia deve ser de 11 milhões de toneladas em 2023, diz IBGE
Número é 373 mil a menos do que em 2022

Foto: Reprodução/Pixabay
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira (13), mostram que a produção de grãos na Bahia deve ser de quase 11 milhões de toneladas neste ano, 373 mil a menos do que em 2022, quando chegou a cerca de 11,4 milhões de toneladas. A previsão para a safra baiana de 2023 vem se mantendo a mesma desde janeiro.
E, assim como já havia sido sinalizado desde o prognóstico feito em outubro do ano passado, dentre as 12 safras de cereais, leguminosas e oleaginosas pesquisadas na Bahia, só o amendoim 2ª safra tem estimativa de variação positiva na quantidade colhida, em 2023: mais 10 toneladas (+0,4%), chegando a uma produção de 2.486 toneladas.
Por outro lado, manteve-se também a previsão de que a queda absoluta de produção, entre os grãos, deve ocorrer na produção de soja: menos 177.186 toneladas (- 2,4%), chegando a uma safra de 7.063.494 toneladas em 2023. Já em termos relativos, a maior perda deve vir do milho 2ª safra, com uma produção de 520.780 toneladas, 19,9% menor que a de 2022 (-129.220 t.).
Tanto no caso da soja quanto do milho 2ª safra, a previsão é de queda no rendimento médio (produtividade), com as áreas plantadas e colhidas mantendo-se, até o momento, as mesmas de 2022. O rendimento da soja deve reduzir de 3.972 kg/hectare para 3.875 kg/hectare; já o do milho 2ª safra deve recuar de 2.500 kg/hectare para 2.003 kg/ hectare.
As estimativas para essas duas culturas na Bahia vão na contramão do previsto para o Brasil como um todo, onde ambas devem ter safras recordes em 2023, de 147,2 milhões e 91,9 milhões de toneladas, respectivamente.
Outras safras
Considerando todos os produtos investigados pelo IBGE na Bahia, não apenas os grãos, também foi mantida, em março, a previsão de que haja recuos em 20 das 26 safras, no estado, em 2023. Entre as maiores perdas absolutas, além da soja (-177.186 toneladas, a maior) e do milho 2ª safra (-129.220 t, terceira maior), a cana-de-açúcar também tem destaque, com a segunda queda mais intensa (-130.310 t). A produção de café arábica deve ter a maior retração em termos percentuais (-30,8%), chegando a 69.510 toneladas, 30.990 a menos do que em 2022.