Produtos da cesta básica ficam 15,96% mais caros nos últimos 12 meses

Um levantamento inédito realizado pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) aponta que os produtos presentes na cesta básica de consumo das famílias brasileiras ficaram 15,96% mais caros nos últimos 12 meses. O percentual é mais de 55% superior ao apurado pela inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), que acumula variação de 10,25% no mesmo período.

As maiores altas registradas no período foram contabilizadas pelos preços do açúcar cristal (+38,37%) e do óleo de soja (+32,06%). Também apresentam variações significativas o café moído (+28,54%), o contrafilé (+26,88%), a margarina (+24,97%), a batata-inglesa (+24,71%), o tomate (+24,32%) e a banana-prata (+22,36%). O estudo aponta, ainda, que as altas menos significativas partem do feijão-carioca (+1,92%), do leite longa vida (+3,18%) e da farinha de mandioca (+4,52%). Nos últimos 12 meses, nenhum dos produtos presentes na cesta básica de alimentos ficou mais barato.

“Sem dúvida, a inflação afeta muito mais as pessoas de rendimentos mais baixos, mas na atual conjuntura ela tornou os preços dos itens da cesta básica inacessíveis para muitos brasileiros, pois é maior que a inflação média do IPCA”, afirma Jackson Bittencourt, coordenador do curso de economia da PUC-PR.

Segundo ele, o cálculo realizado no levantamento  considera as despesas de consumo das famílias residentes nas áreas urbanas, com rendimentos entre um e quarenta salários mínimos, de acordo com dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).